quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

domingo, 30 de novembro de 2008

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Rosa-que-fuma Vs João de Deus e Vice Versa



Hino de Amor

Andava um dia
Em pequenino
Nos arredores
De Nazaré,
Em companhia
De São Jo,
O Deus-Menino,
O Bom-Jesus.

Eis senão quando
Vê num silvado
Andar piando
Arrepiado
E esvoaçando
Um rouxinol,
Que uma serpente,
De olhar de luz
Resplandecente
Como a do sol,
E penetrante
Como diamante,
Tinha atraído,
Tinha encantado.


Jesus, doído
Do desgraçado
Do passarinho,
Sai do caminho
Corre apressado,
Quebra o encanto;
Foge a serpente;
E de repente
O pobrezinho,
Salvo e contente,

Rompe num canto
Tão requebrado,
Ou antes pranto
Tão soluçado,
Tão repassado
De gratidão,
Duma alegria,
Uma expansão,
Uma veemência,
Uma expressão,
Uma cadência,
Que comovia
O coração!

Jesus caminha
No seu passeio;
E a avezinha
Continuando
No seu gorjeio,
Em quanto o via:
De vez em quando
Lá lhe passava
À dianteira;
E, mal pousava,
Não afrouxava
Nem repetia;
Que redobrava
De melodia!

Assim foi indo
E foi seguindo.
De tal maneira
Que, noite e dia,
Numa palmeira
Que havia perto
Donde morava
Nosso Senhor
Em pequenino,
(Era já certo)
Ela lá estava
A pobre ave
Cantando o hino
Terno e suave
Do seu amor
Ao Salvador!


Mas o espinho não lhe alcançava ainda o coração e o coração da flor continuava branco – pois somente o coração de um Rouxinol pode avermelhar o coração de rosa.

_ Mais ainda, Rouxinol, - clamou a Roseira – raiar o dia antes que eu finalize a rosa.

E o Rouxinol, desesperado, calcou-se mais forte no espinho, e o espinho lhe feriu o coração, e uma punhalada de dor o traspas

terça-feira, 11 de novembro de 2008